Até ao dia. Até ao dia em que tanto te ouvi falar mal de alguém e, à frente, sorrir. Até ao dia em que ouvi dizerem-te uma enormidade qualquer, respondendo tu com uma gargalhada.
Se ao início me baralhava o mal que me fazias com o bem que me falavas, devagarinho fui juntando as peças e o puzzle que tu és ficou descoberto. És para mim aquilo que és para todos. Sorris a todos por igual, a quem gostas e a quem não gostas. Sorris enquanto mentes, sorris para a seguir, à primeira oportunidade, espetares a tua faca que afiaste com uma gargalhada. Porque ninguém espera mal de quem tanto sorri, ninguém tem medo de virar costas a alguém tão simpático, tão afável.
Tens a sorte ou o azar de não espelhares a alma nos teus olhos azuis. Tens a sorte de, pelo menos a princípio, conseguires enganar quem te rodeia e quer ser enganado.
Mas tenho-te a dizer que a mim não me enganas mais. Mesmo que às vezes me voltes a baralhar com a tua maldade recorrente que intercalas com sorrisos e gestos simpáticos. Mesmo que tentes muito, eu já vi as minhas costas nas costas dos outros e não gostei de ver tantas feridas. "
Olá B.B. !
ResponderEliminarAcho que às vezes o lavar a alma a escrever num blog não compensa os sarilhos que se pode arranjar...
Obrigada pela visita e pelo comentário!